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Serra quer levar ao Jardim Ângela o Monotrilho da linha 17 (Ouro)

Não que eu queira que ele ganhe as eleições municipais este ano, mas caso aconteça, está anotado. Só não sei como ele pretende fazer isso, se é esticando um ramal, ou o que, já que o projeto dessa linha já está com executivo em andamento, e ninguém desenhou essa ligação ainda.

Pra variar, a promessa de comício passa por cima de quaisquer estudos técnicos e planos de prioridades existentes.

ps.: tem gente achando que pode ser deslize de redação, que se trata da antiga linha de monotrilho do M’Boi Mirim, o que faria muito mais sentido. Se for isso mesmo, aí se trata de mais um caso de irresponsabilidade jornalística.

postado por kiyoto

fonte: http://serra45.com.br/noticias/eleicoes/mboi-mirim-recebe-serra-com-festa-no-primeiro-encontro-regional-da-campanha-avanca-sao-paulo/

M’BOI MIRIM RECEBE SERRA COM FESTA NO PRIMEIRO ENCONTRO REGIONAL DA CAMPANHA “AVANÇA, SÃO PAULO”

O Clube Indiano lotou para receber candidatos da coligação e ouvir José Serra. Em suas propostas, candidato incluiu a modernização do terminal de ônibus, duplicação da Estrada do M’Boi Mirim e levar o monotrilho da estação Morumbi ao Jardim Ângela

01/08/2012 – às 22h02

O Clube Atlético Indiano lotou para receber candidatos a vereador da coligação e ouvir José Serra. Em suas propostas para a região, o candidato incluiu a modernização do terminal do Jardim Ângela, duplicação da Estrada do M’Boi Mirim e levar o monotrilho da estação Morumbi até o Jardim Ângela. “Contem comigo”, disse.

Milhares de pessoas estiveram presentes em clima de festa no encontro de José Serra com o M’Boi Mirim, primeiro dos 31 eventos regionais da coligação “Avança, São Paulo”, na noite desta quarta (1/8).

Serra apresentou propostas para a região. Disse que se eleito vai ligar a Zona Sul à Zona Oeste por meio do Metrô. Serra quer levar ao Jardim Ângela o Monotrilho da linha 17 (Ouro). Vai também estender a duplicação da Estrada do M’Boi Mirim e ligar o corredor de ônibus da região à divisa com Itapecerica da Serra, entre outras ideias.

Em seu discurso, muito aplaudido, Serra disse: “Ofereço minha vontade e capacidade de trabalho, minha experiência e as inovações que eu sempre implantei, como o seguro-desemprego e a Nota Fiscal Paulista. Contem comigo, como eu conto com vocês”.

Nova Rede 2030

 

Foi publicada na semana passada uma nova versão da Rede 2030 para a Região Metropolitana de São Paulo.

 

Essa rede, que é uma revisão da rede do metroanel publicada no ano passado,  consta no edital do Metrô para o projeto de uma das linhas. Uma análise comparativa muito bem feita entre as duas redes pode ser vista neste post do skyscraper city. Apesar de mudanças pra pior (na minha opinião), o conceito geral da rede foi mantido, o que pode ser apontado por exemplo pelo coeficiente conexões por linha praticamente igual (2,8 contra 2,7).

Resta saber se algo dessa rede vai efetivamente ser alcançado, ou será apenas mais uma rede de referência da qual se constrói apenas trechos, sendo descartada em seguida como sempre aconteceu com todas as redes planejadas.

postado por kiyoto

Não foi acidente?

Trecho de entrevista com o Eng. Horácio Figueira, que afirma que “a prefeitura finge que fiscaliza e o motorista finge que respeita as leis de trânsito”, o que resulta em inúmeros acidentes e consequentes mortes e mutilações.

Essa nova regulamentação [regulamentação Nº 214 do CONTRAN] não seria uma resposta do governo ao exagero de multas que a mídia batizou de “Indústria de Multas”?
Um governo que está com o foco no que a mídia fala, e não na redução dos altos índices de infrações e conseqüentes acidentes, sem ter como base pesquisas sérias e científicas de observações em campo sobre um assunto tão sério como o trânsito, no mínimo, é infantil ou inocente, para não dizer irresponsável, incompetente ou omisso.
 
Com base em que fatos relevantes o senhor pode afirmar que não existe uma indústria de multas em nosso país?
Chega de HIPOCRISIA, digo eu!
As pesquisas que tenho realizado desde o ano de 2001, quantificando os índices reais de infrações, por tipo de veículo e tipo de infração, nas cidades de São Paulo, Salvador e nas rodovias em torno da cidade de São Paulo, quando comparadas com o número de multas aplicadas num ano pelos órgãos de trânsito, demonstram o seguinte:
Apenas 1(uma) a cada 10.000 infrações de trânsito é autuada. Portanto a tolerância hoje no trânsito de São Paulo às infrações dos condutores é de 99,99%. Além disso, a chamada indústria de multas está na idade da pedra, pois usa métodos viciados e já conhecidos dos condutores, ou seja, mesmos locais, mesmos dias e horários. Enquanto isso a indústria de infrações está na velocidade da luz, pois é decidida pelo nível de consciência de cada condutor, em cada instante, que não escolhe local, dia e horário para cometer sua infração. 

entrevista completa em pedestre.org

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BUSP, Circular e a falta de diálogo

Foi implantado agora no começo das aulas o Bilhete USP (BUSP), uma espécie de Bilhete Único exclusivo para a comunidade da Universidade de São Paulo. Foi o meio que encontraram pra viabilizar a ligação de ônibus entre a Cidade Universitária e a estação Butantã do Metrô.

De acordo com o boletim oficial da USP, essas  linhas substituirão os ônibus circulares atuais, operados pela Coordenadoria do Campus (COCESP, atiga Prefeitura do Campus), até o mês de Abril. Os trajetos serão praticamente os mesmos, as únicas diferenças são: (1) ao passar pelo portão 1, elas sairão do campus em direção ao terminal Butantã junto à estação; (2) Elas são operadas pela SPTrans.

Essa última característica traz duas implicações sérias. A primeira é a troca dos veículos, que agora serão os mesmos das linhas comerciais da SPTrans, que possuem catraca (por isso o BUSP) e um pretenso piso baixo acessível que na prática é um potencial provocador de acidentes pelos degraus resultantes do mau projeto.

A segunda característica é a operação apoiada no ponto final (bolinha amarela do Terminal no mapa) já existente ao lado do portão 3, após a Poli. Todas as linhas da SPtrans fazem seu ponto final lá, e agora o circular passa a também fazê-lo. Ou seja, ao chegar lá, o ônibus estaciona e é necessário esperar outro. Acontece que no afã de implantar essa nova linha (os BUSPs foram produzidos e liberados em tempo recorde), os idealizadores se esqueceram de outro ponto de interese: o acesso à CPTM.

Foram introduzidos duas alterações no trajeto do circular: o novo ponto final e a extensão até o metrô. Ao fazer isso, a linha foi alterada em dois pontos, antes e depois do ponto de acesso à CPTM. Deste modo, todos que chegam por esse acesso ficam bastante penalizados ao tentar usar essas novas linhas. A proposta é claramente apressada, sem consulta, sem diálogo, sem cuidado com o uso real do espaço pela comunidade.

As linhas atuais serão substituídas por um “Circular Cultural“, com foco em locais onde hajam “atividades culturais”. Não fica claro exatamente o que vai atender, nem por que não se mantém o serviço atual.

Há outras ressalvas, como a criação de mais um bilhete de transporte (por que não aproveitar o cartão Usp?); a proibição do uso a outros que não alunos, professores e funcionários; a inserção de uma estação de trem “Cidade Universitária” do outro lado de uma ponte pra veículos com precário espaço para pedestres; ou a inserção inconsequente de uma estação de metrô num local onde o viário não comporta o fluxo gerado; mas isso tudo são discussões mais longas.

Enquanto isso, alternativas mais simples e interessantes, como o PedalUsp, continuam paradas.

no vácuo

Quando fiquei sabendo da supressão da linha de ônibus 724A – Aclimação / Cidade Universitária, fui ao site da SPTrans procurar pelo canal de reclamações.  Descobri a Central de atendimento, bastante limitada, mas de qualquer forma é o meio oficial para isso.

Na primeira tentativa só obtive uma resposta automática (a mesma que constava no jornal do ônibus). Na segunda, passado mais de um mês, não obtive resposta. Eis o que consegui:

Bairro: Complemento: Data: Horário:

Aclimação

supressao da linha!

28/09/2011

00: 00
Ocorrência:
Li no jornal do ônibus e estou abismado com a supressão da linha. Não achei a justificativa plausível, pedir para usar a nova linha 4 do metro é obrigar os usuários a pagarem mais uma tarifa.Fiquei mais indignado em vir ao site e não encontrar a notícia! Pelo que consta no jornal do ônibus, a linha será desativada esta semana (30/09) e nem sequer publicam isso no site?

Ao menos o número de veículos da linha 857R (que deve arcar com a demanda) vai ser aumentado?

aguardo retorno.

Resposta:
– A linha foi desativada face sobreposição com outras linhas. Com a desativação da linha, os usuários que tem interesse na Rua Teodoro Sampaio e Av. Brig. Faria Lima, poderão utilizar outras linhas no Campus. A ligação com a Aclimação poderá ser feita realizando conexão com a linha 857R/10 “Terminal Campo Limpo – Aclimação” na Parada Vital Brasil.
Bairro: Complemento: Data: Horário:

Aclimação

supressao da linha!

30/09/2011

00: 00
Ocorrência:
OláRecebi a resposta da minha solicitação (protocolo 75254) sobre a supressão da linha 724A-10, mas voces responderam apenas quais linhas vão substituir.

Havia mais duas perguntas:

– Por que não foi publicado no site?

– Ao menos o número de veículos da linha 857R Terminal Campo Limpo – Aclimação (que deve arcar com a demanda) vai ser aumentado?

Lembrando que tanto essa linha quanto as duas linhas do corredor Rebouças que vão pra Cid. Universitária (702U e 7411) andam extremamente lotadas nos horários de pico.

Situação: Em Análise
postado por kiyoto

pedalusp

Foi iniciada esse ano a fase de testes do PedalUsp, sistema de empréstimo de bicicletas para a comunidade da Universidade de São Paulo, idealizado por alunos formado na Escola Politécnica. A história do projeto já foi contada em vários lugares, farei aqui apenas um breve comentário sobre alguns aspectos.

Foi feita uma primeira fase de testes apenas na Poli, bastante tímida. No entanto, contrariando a ideia inicial de não sair do campus, a segunda fase de testes ousou interligar o portão 1 (P1) da Usp com a nova estação Butantã da linha 4 do Metrô. Ou seja, o sistema começou a se tornar muito mais sério, mostrando a amplitude de visão e a habilidade de articular negociações dos idealizadores.

Associada a essa nova fase foi inaugurada uma rota ciclística, com trecho em ciclovia e trecho em via compartilhada com os carros, cujo padrão geométrico e construtivo deixa bastante a desejar, mas que mesmo assim cumpre bem seu papel. Ainda com uma série de pequenos problemas técnicos, tanto do software quanto dos componentes físicos, o uso tem sido muito intenso, demonstrando que há demanda.

 

A meta é instalar 10 pontos por toda a Cidade Universitária. Quando plenamente implantado, o serviço se tornará um grande alimentador da estação do metrô, trazendo-a de alguma forma para dentro do campus. A escala é bastante favorável ao uso da bicicleta, cujo melhor rendimento é em distâncias de até 5km. Ou, pra quem quiser uma medida mais sensível, longe demais pra andar a pé e perto demais pra pegar um ônibus.


foto aérea google earth da cidade universitária, com distância máxima de 4km a partir do metrô butantã.

Mais do que tudo, me agrada muito a ideia de bicicletas compartilhadas, sem a necessidade de ter que estacioná-la nem ficar preocupado com sua integridade. É muito mais cômodo do que possuir seu próprio veículo e ter de providenciar sua guarda, seja em casa, seja no destino. Trata-se de uma inversão na lógica de produção: o que é oferecido é o serviço, e não a posse de um objeto.

O projeto aposta no funcionamento do sistema sem necessidade de funcionários, a exemplo de sistemas europeus. O objetivo é, uma vez plenamente desenvolvido e implantado, o usuário realizará o empréstimo e devolução sozinho, o que já acontece hoje em casos normais. No entanto, parece uma aposta um pouco excessivamente otimista quanto ao nosso estado econômico, uma vez que a redução drástica de recursos humanos é característica do alto preço da mão de obra, situação ainda um pouco distante da nossa realidade. Apesar de alguns indícios de que o Brasil caminha nesse sentido, ainda temos o outro exemplo ciclístico do nossa bike (antigo usebike), que emprega um ou dois jovens por terminal e utiliza métodos bastante manuais associados a um sistema computacional.

Mas o aspecto mais importante na minha opinião é o fato do projeto ser a criação de um serviço gratuito que colabora para as demais atividades do campus, similar/complementar ao que é atualmente o sistema de ônibus circulares. São belos exemplos do que chamamos de infraestrutura: serviços que visam não um rendimento direto, mas dar suporte a outras atividades.

postado por kiyoto

SPTrans altera itinerário da linha 724A Aclimação/C.Universitária

Leia-se: cancela.

Essa é a informação que consta no “Jornal do Ônibus” afixado dentro do próprio veículo (mas que não consta nas notícias do site oficial). A justificativa é a “desnecessidade” do serviço com a inauguração da primeira fase completa da Linha 4 do metrô.

Foi com bastante tristeza que recebi a notícia, não apenas por ser usuário frequente da linha, mas pelo modo como se dá o processo. Não foram poucas as vezes que vi itinerários suprimidos repentinamente e sem direito a réplica, fazendo os usuários terem que reinventar os caminhos cotidianos.

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metroanel e a irresponsabilidade jornalística

Saiu ontem (14/06/2011) no Estado de São Paulo uma reportagem intitulada “Com novos ramais e ligações, governo do Estado quer ‘Metroanel’ até 2030”.  Sobre ela, queria fazer duas reflexões.

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E não é que conseguiram?

Através da mobilização, os “higienopolitanos” conseguiram cancelar a estação da futura Linha 6 – Laranja do Metrô de São Paulo prevista para a Av. Angélica.

Após protestos, governo de SP desiste de metrô na Angélica
A decisão ocorre após pressão de moradores, empresários e comerciantes da região. Com a mudança, o governo reativou o projeto de uma estação na praça Charles Miller, no estádio do Pacaembu.” 
(Folha)

E parece que o pessoal do Pacaembu já não quer a estação também. Propõe-se uma linha onde teoricamente há demanda, tendo como uma das bases a renda da região; a população que detém essa renda é a mesma que repudia a implantação dessa linha.

Só resta comemorar.

adendo

Só depois fui ler a seguinte notícia:

‘Estação continuará em Higienópolis’, diz presidente do Metrô
De acordo com o presidente da companhia, extremidades das plataformas das estações Angélica e Mackenzie (esta última, da linha 4-Amarela) ficariam a apenas 500 metros uma da outra, o que causaria congestionamentos de trens e transtorno aos usuários.”
(VejaSP)

A questão da distância entre as estações deveria ter sido contestada no projeto funcional, e não agora que já está em andamento o projeto básico.

Inauguração da Estação Butantã (meio jornalismo)

Depois de incontáveis adiamentos, finalmente é inaugurada a terceira estação da Linha 4 – Amarela do Metrô de São Paulo, originalmente prevista para 2008.

A inauguração do submarino amarelo* teve ares de vernissage, com presença de prefeito, governador, ex-governador, secretários, parlamentares e tudo mais. Embalado por bossas jazzadas, pra ficar bem claro que é pra inglês ver.

Dentre todo o blablablá, vale destacar a promessa do secretário de transportes metropolitanos, Jurandir Fernandes, e do governador Geraldo Alckmin, de inaugura toda a primeira fase da linha amarela até o final do ano.

Marcou também o evento a presença do sindicato dos metroviários e de estudantes, protestando contra o aumento das tarifas e a privatização do transporte público, com faixas e cartazes.

Durante o pronunciamento do prefeito Gilberto Kassab, além dos já típicos cantos de “3 reais não dá” e “Kassab anda de carro e ainda rouba o meu dinheiro”,  foi entoado “estatizar o busão”, que rapidamente se converteu em “estatizar o metrô”.

O “meio jornalismo” é pelo fato de que eu não pude ficar até a inauguração de fato, ou seja, não entrei na estação. Pra quem quiser ver, há um bom número de imagens dos grandes jornais, além de uma cobertura mais completa do evento:

http://www.estadao.com.br/noticias/cidades,inauguracao-da-estacao-butanta-e-marcada-por-protestos-e-atrasos,698375,0.htm

http://fotografia.folha.uol.com.br/galerias/2510-inauguracao-da-estacao-butanta#foto-49510

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*Pra mim pelo menos, aquele edifício parece um submarino que emergiu na Vital Brasil.

publicado por kiyoto